Energia solar em um aterro desativado e em estações de ônibus
Em março de 2023, Curitiba lançou oficialmente sua Pirâmide Solar do Caximba, um projeto emblemático que representa a primeira usina solar a ser construída em um antigo aterro sanitário na América Latina. Esse projeto serve de exemplo para cidades em todo o Brasil e na América Latina sobre como fornecer energia limpa e acessível, reduzindo a dependência da cidade de uma rede de energia urbana que muitas vezes depende de combustíveis fósseis.
Sobre
Energia
Volume de investimento:
€6.514.200
Redução de GEE até 2050:
90.000 toneladas de CO2e
Status do projeto:
Operacional
Impacto
Até fevereiro de 2025, os 8.600 painéis fotovoltaicos geraram 10.046 MWh (megawatts-hora), e toda a energia gerada é atualmente distribuída para 316 prédios públicos pertencentes à Prefeitura de Curitiba. A expectativa é reduzir as emissões de CO2 em 90.000 toneladas no período de 2020 a 2050 (o equivalente a tirar mais de 20.000 carros das ruas por um ano) e gerar uma economia mensal de 30% na conta de energia elétrica dos prédios públicos do município, o que pode chegar a US$ 500.000 por ano. A energia gerada é alimentada na rede de distribuição da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) e o valor é deduzido da conta de eletricidade do município.
Além da significativa economia de energia e custos, o projeto também incluiu uma parceria entre a AB Solar, uma rede local de profissionais, e a cidade para coletar dados desagregados por gênero sobre o emprego no setor solar, a fim de compreender melhor onde existem barreiras específicas de gênero ao emprego e permitir uma maior inclusão de gênero nas etapas de planejamento e implementação do projeto.
A Pirâmide Solar de Curitiba também se tornou um centro de compartilhamento de conhecimento sobre energia renovável. A prefeitura organiza visitas guiadas para vários grupos, incluindo estudantes, setor privado e funcionários do governo de outras cidades e países. Somente em 2024, o local recebeu 877 visitantes de Curitiba, outras partes do Brasil e delegações internacionais de países como México, Bolívia, Argentina e Alemanha.
História
Curitiba obtém quase toda a sua energia a partir de hidrelétricas, mas devido às frequentes secas, a cidade precisa recorrer a usinas a gás fóssil e carvão para suprir a escassez de energia.
Antes de o projeto receber luz verde, Curitiba tinha como objetivo alcançar resiliência energética, reduzir sua dependência da rede elétrica e aumentar sua participação na energia limpa. A cidade também buscava adotar um modelo mais sustentável para financiar a transição para a energia renovável, que também pudesse ser replicado em outros locais da cidade.